Os conselhos do Avó
Através da leitura dos inúmeros mails, cartas anónimas e mensagens de telemóvel que me ameaçam de morte, tenho constatado que existe uma enorme preocupação social por parte dos leitores deste blog que não me deixa, nem pode deixar, indiferente. Um mail em particular, que continha um vírus que me fodeu as dezenas de gigas de pornografia que eu guardava no computador – inclusive um filme que envolvia uma artista circense, um cavalo lusitano, uma cana de pesca e um saca-rolhas enferrujado (aproveito desde já para te agradecer, oh meu grande filho da puta) –, colocava-me uma questão pertinente e um desafio. Dizia: “Oh Avó, tendo em conta a enorme experiência de vida que tu pareces ter, e sabendo nós que foder à canzana origina borboto – e, em casos marginais, ‘Falhas’ ao nível cerebral –, que conselho darias às gerações mais novas para enfrentar as dificuldades deste mundo?”
Quando se trata de aconselhar os mais pequenos e indicar-lhes um caminho neste labirinto existencial, não sou parco em palavras. Assim, e respondendo ao repto que me foi lançado (qual Avó Cantigas!), deixo-vos o adágio que o meu pai, na minha idade pueril, me sussurrava ao ouvido, todas as noites, enquanto me aconchegava os lençóis: “Mais vale rico e com saúde do que pobre, careca, feio, com um cancro em fase terminal no esófago e completamente esventrado e nu debaixo de um comboio de mercadorias carregado de gás butano prestes a explodir”. Claro que, nessa ocasião, o facto de se ser careca será a menor das preocupações. Mas isso já sou eu a conjecturar.
Curiosamente, coincidência ou não, essa exacta situação veio a acontecer a um amigo meu de seu nome Lowlee, e até era capaz de apostar que não terá sido nada agradável! Só que esse meu amigo não era pobre. Efectivamente, segundos antes de se ter precipitado sobre os carris do comboio, saltava euforicamente, pois tinha acabado de ter conhecimento que lhe havia saído o primeiro prémio do euromilhões e o seu médico garantia-lhe que o cancro se encontrava em clara regressão. Foi pena o gás ter explodido… Ou será que sonhei? Bem, não interessa. A ideia essencial a reter é a seguinte: sejam ricos e com saúde, antes que venha aí um comboio que vos foda a vida.
Quando se trata de aconselhar os mais pequenos e indicar-lhes um caminho neste labirinto existencial, não sou parco em palavras. Assim, e respondendo ao repto que me foi lançado (qual Avó Cantigas!), deixo-vos o adágio que o meu pai, na minha idade pueril, me sussurrava ao ouvido, todas as noites, enquanto me aconchegava os lençóis: “Mais vale rico e com saúde do que pobre, careca, feio, com um cancro em fase terminal no esófago e completamente esventrado e nu debaixo de um comboio de mercadorias carregado de gás butano prestes a explodir”. Claro que, nessa ocasião, o facto de se ser careca será a menor das preocupações. Mas isso já sou eu a conjecturar.
Curiosamente, coincidência ou não, essa exacta situação veio a acontecer a um amigo meu de seu nome Lowlee, e até era capaz de apostar que não terá sido nada agradável! Só que esse meu amigo não era pobre. Efectivamente, segundos antes de se ter precipitado sobre os carris do comboio, saltava euforicamente, pois tinha acabado de ter conhecimento que lhe havia saído o primeiro prémio do euromilhões e o seu médico garantia-lhe que o cancro se encontrava em clara regressão. Foi pena o gás ter explodido… Ou será que sonhei? Bem, não interessa. A ideia essencial a reter é a seguinte: sejam ricos e com saúde, antes que venha aí um comboio que vos foda a vida.
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