Aguenta e não chora!
«O presidente da Associação Nacional das Pequenas e Médias Empresas (ANPMES) disse hoje que se o primeiro-ministro "insistir" no aumento do salário mínimo, a associação determinará junto dos seus associados a não renovação dos contratos a termo.
"A associação não se vai manifestar, mas vai determinar junto dos associados que não renovem os contratos. O que significa que o primeiro-ministro vai ter um aumento do desemprego", disse Augusto Morais.»
In noticias.sapo.pt/lusa
"A associação não se vai manifestar, mas vai determinar junto dos associados que não renovem os contratos. O que significa que o primeiro-ministro vai ter um aumento do desemprego", disse Augusto Morais.»
In noticias.sapo.pt/lusa
Atente-se no apontamento humorístico de Augusto Morais: a associação vai permanecer tranquila no seu cantinho, quietinha, para não levantar celeumas, MAS, antes disso, vai “só” regar o país inteiro com gasolina, que é para ver se algures salta alguma faúlha…
Este gajo faz-me lembrar a minha lerda mentalidade pueril, quando a minha mãe me obrigava a partilhar os meus brinquedos com a minha irmã.
“Foda-se! Agora tenho de partilhar os MEUS brinquedos com esta atrasada mental?!? Era o que faltava! Prefiro atirá-los da janela abaixo!” E era o que, invariavelmente, sucedia. Inevitavelmente também, acabávamos os dois com dois tabefes no focinho, sem qualquer brinquedo e tínhamos de nos agarrar ao pau… Ou melhor: EU tinha de me agarrar ao pau… A minha irmã… Prefiro não pensar nisso. Ou seja, pode dizer-se que a minha “estratégia” económica era tudo menos lucrativa…
Extrapolando esses episódios da minha infância para a presente situação, verificamos que o presidente da Associação Nacional das Pequenas e Médias Empresas quer encetar uma táctica, senão igual, pelo menos parecida. Varia apenas naquilo que vai pela janela abaixo: em vez de ser o “brinquedo”, este manda a própria “irmã” com os porcos – que o mesmo é dizer, os trabalhadores. Claro está que, como é bom de ver, o resultado será o mesmo: mais tarde ou mais cedo, vão-se acabar os “brinquedos” para toda a gente…
Como é bom constatar que andamos todos a levar e a dar no cu uns dos outros!
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