18 setembro 2007

O sentido da vida

Amiúde, dou por mim a meditar sobre o sentido da vida. Entretanto, a ressaca passa, a dor hemorroidal também, esqueço-me dessas merdas e volto a preocupar-me com a falta de pagamento das rendas por parte do meu caro amigo e locatário Luís “Brokeback Mountain” – já lá vão 2 meses... Todavia, a questão não é despicienda. Sobretudo se tivermos em conta que, por vezes, a dor anal e existencial é tão intensa que a pergunta é inevitável: P’ra quê? Essa questão conduz invariavelmente a uma outra: E se me matasse?

Hoje lembrei-me de cogitar acerca do propósito da existência não porque ainda me encontre sob o efeito do álcool, mas precisamente porque não estou sob o efeito do álcool. “Preso por ter cão e preso por ter matado o caralho do cão à machadada”. E já lá vão 3 dias desde a minha última cerveja. E já não dou uma valente pinadela vai para uma semana e meia. A tudo isto acresce que venho aqui ao Bicos e chego à conclusão de que este blog se está a tornar um pouco estéril. E para estéril, já basta o que basta... (knock knock knock no pau!)

Posto isto, vamos a coisas sérias, que é para isso que cá andamos. José Sócrates encontra-se em Washington, a convite de George W. Bush, para comer umas bolachinhas e beber um chazinho de tília com o Presidente norte-americano. Não sei bem porquê, mas a carinha de inocente de Bush invoca em mim a imagem de um puto a ser apanhado pela própria mãe a masturbar-se... Adiante. A resposta da Al-Qaeda a esta visita do nosso primeiro-ministro é que não se fez esperar: num vídeo divulgado na Internet, ontem, a Al-Qaeda pediu “extermínios colectivos” no Ocidente. “Finalmente! Alguém com uma boa ideia!” – pensei eu.

Imagino o indivíduo que teve esta ideia peregrina enfiado na sua caverna algures numa montanha do Paquistão, de toalhete enrolado à volta da cabeça, a visionar a RTPi e a dizer de si para si: “Hummm... Não... Não pode ser... No me gusta esta nova classe de dirigentes europeus... Os bajuladores do Sr. Bush crescem que nem cogumelos! Não... Isto agora só lá vai com... Extermínios colectivos!”

Se bem que esta ameaça possa ser inquietante - nomeadamente quanto à terminologia utilizada -, confesso que, de momento, me encontro mais preocupado com a lesão do Petit. De qualquer das formas, é interessante constatar que o sentido da vida, para os membros da Al-Qaeda, se consubstancia na sua antítese: a morte. Está decidido. Vou converter-me ao Islão.

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