12 junho 2008

Da Ganância

Meus amigos, vivemos tempos conturbados… Por mais surpreendente que a minha afirmação vos possa parecer, nem tudo vai bem no reino da Dinamarca… Senão vejamos: na minha ausência, o atrasado mental do puto que me ocupa a casa (vide posta à mirandesa infra) deixou a porta do frigorífico aberta durante dois dias; ando com uma caganeira de destruição maciça há já uma semana, e não mostra tenções de abrandar; e perdi os meus óculos de sol numa tarde/noite de intoxicação etílica com animus abutendi. Para além disso, parece que há um “problemazito” qualquer com o preço dos combustíveis, cujos contornos ainda não entendi muito bem… “Estão muito caros!” – ouvi dizer… E o sentimento parece generalizado…

O meu avô – bússola da minha existência – sempre me disse: “Oh meu palerma, se vires muita gente a chorar, faz lenços de papel!”. Porque nunca tive grande queda para a indústria de celulose, dei por mim, de há uns tempos para cá, a fazer planos de prospecção de petróleo. Lembrei-me imediatamente das palavras da minha avó, mais sensata e esperta que o meu avô: “Não sejas burro… O que dá dinheiro é fazer as pessoas chorar e não limpar-lhes as lágrimas – ou as nalgas, como eu faço com o teu avô. Caga nos lenços de papel!”. Li tudo sobre petróleo: a sua origem, extracção, refinação, etc.. Foi assim que descobri que o petróleo tem a sua origem em restos orgânicos de animais – mais precisamente, hidrocarbonetos. Agora só me falta escarafunchar uns quantos cus com a broca para ver se encontro o tão desejado “ouro negro”. Não deve ser difícil…

«Ai “o gasóleo está muito caro”? Mas querem continuar a andar de carrinho, não querem?! Então empurrem-no, seus borregos! Vá! É “energia positiva!”»

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